TikTok pode ser encerrado nos Estados Unidos no domingo, salvo intervenção de última hora

O TikTok enfrenta um momento decisivo nos Estados Unidos. Em comunicado divulgado na noite de sexta-feira na rede social X, a empresa declarou que será forçada a encerrar suas operações no país no próximo domingo, 19 de janeiro, caso o governo norte-americano não suspenda a lei que proíbe a plataforma. Essa legislação, aprovada pelo Congresso em março, é justificável pela segurança nacional, mas tem sido alvo de uma longa disputa judicial.

A situação tornou-se ainda mais crítica após a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar, na sexta-feira, suspender a aplicação da lei. Sem essa intervenção, o destino da plataforma depende agora de uma ação rápida da administração Biden ou de um acordo emergencial.

Trump promete ação para evitar bloqueio

Donald Trump, que assume novamente a presidência em 20 de janeiro, sinalizou sua intenção de evitar o encerramento do TikTok. Em entrevista na sexta-feira, seu conselheiro de segurança nacional afirmou que o novo governo irá "adotar medidas para garantir que o TikTok permaneça acessível" no país.

O deputado da Flórida Mike Waltz reforçou essa posição durante o programa Fox & Friends, destacando que a lei que proíbe o aplicativo permite prorrogações caso um acordo viável esteja em negociação. Waltz também revelou que Trump está avaliando a possibilidade de uma ordem executiva para adiar a aplicação da lei, como relatado pelo The Washington Post.

"O presidente Trump foi muito claro sobre a importância do TikTok. Além de ser uma plataforma amplamente utilizada por americanos, ela tem sido essencial para a sua campanha e para disseminar sua mensagem. Ele também está comprometido em proteger os dados dos usuários", afirmou Waltz.

Mudança de postura em relação ao TikTok

Trump tem uma relação controversa com o TikTok. Durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, ele tentou proibir a plataforma por preocupações com a segurança nacional. No entanto, ao longo de sua campanha presidencial de 2024, ele adotou a rede social como uma ferramenta para se conectar com eleitores jovens, especialmente homens, utilizando-a para divulgar conteúdos alinhados à sua estratégia eleitoral.

Pam Bondi, escolhida por Trump para ocupar o cargo de procuradora-geral, evitou comentar, durante uma audiência no Senado, se manteria a proibição do TikTok.

Trump prometeu "salvar o TikTok" durante sua campanha presidencial e deu crédito à plataforma por seu impacto na conquista de votos entre eleitores mais jovens.

Futuro incerto

Com o prazo se esgotando, o TikTok aguarda uma intervenção de última hora para evitar o bloqueio definitivo nos Estados Unidos. A plataforma, que conquistou milhões de usuários no país, enfrenta agora um de seus maiores desafios, enquanto a polémica sobre sua segurança e influência continua dividindo opiniões.

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